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Após algum tempo sem vir aqui escrever no Blog do Fabão, andei pensando sobre um tema que vem cerceando o nosso dia a dia, sufocando cada vez mais o nosso entendimento e a nossa convivência como um todo. E juro que não sei onde vamos parar ao constatar que estamos criando, cada vez mais, pessoas insuportáveis.
É tanta gente dizendo “eu sou assim mesmo” que o mundo virou refém de pessoas sem empatia, sem filtro e sem noção. A realidade, talvez, seja até bem pior — porque elas ainda acham isso bonito.
Essa geração vem sendo ensinada a não se dobrar diante de nada. Já pararam para pensar nisso? É uma geração determinada a ser 100% autêntica, esquecendo de ser educada, gentil, até mesmo suportável.
Hoje, qualquer limite é visto como opressão. Qualquer correção, como um ataque. Qualquer “não” se torna um trauma. Ninguém mais quer crescer. Querem apenas ser aceitos como são — mesmo que estejam sendo grosseiros, mimados e emocionalmente mal resolvidos.
A verdade? Isso não é evolução. É apenas o ego disfarçado de “autenticidade”. Um ego que se recusa a mudar, que não ouve, que só grita.
Ser a gente mesmo é maravilhoso! É libertador! Mas só se a gente for alguém com quem os outros consigam conviver. Caso contrário, seremos apenas mais uma personalidade tóxica escondida atrás de frases prontas. Ser verdadeiro não é ser estúpido. Ser autêntico não é ser sem limites. A gente não pode se dar o direito de ser um problema para o mundo.
Eu não estou disposto a ser parte dessa massa de manobra. E você?
Li outro dia uma frase dita por Emílio Surita — não sei se é de sua própria autoria — mas achei muito pertinente: “A vida é encontrar todo dia com canalhas, com puxador de tapete, com gente ruim. Todo dia você encontra. E se todo dia você tiver esse pensamento com você mesmo, você vai falar: beleza, esse cara aí não vai fazer diferença na minha vida.”
A ideologia do cancelamento virtual nos dá a certeza de que vivemos em um novo mundo onde não há espaço para o diálogo. Todos querem ser juízes. Existe uma única ordem: que todos devem entender que alguém pensa diferente. Mas esse alguém não aceita que o outro pense de outra forma. Estamos numa era em que só queremos falar — sem organizarmos o escutar!
Para onde será que vamos com todo esse emaranhado de ideias? Cancelamento, falta de empatia, ausência de respeito… Uma luta contra o autoritarismo que age com mais autoritarismo!
Penso que perdemos a habilidade de expressar nossas dores — e não conseguimos mais resolver questões olhando para os fatos, apenas para o que é conveniente.
Começo a pensar que a nossa geração enlouqueceu — e ninguém está percebendo onde isso vai parar! A falta de Deus virou uma “doença” coletiva. Será que teremos uma “vacina”?
Written by: admin
today02/11/2024 125 1
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